18 setembro, 2010

Peter Frampton - Via Funchal, São Paulo 17 de Setembro de 2010

Frampton em São Paulo

Uma festa setentista era esperada para a noite de 17 de setembro na Via Funchal em São Paulo. Depois de 15 anos ausente dos palcos paulistas, Peter Frampton finalmente mataria a saudade de seus fãns. E como era de esperado, não decepcionou o público presente. Recheou o repertório com clássicos de sua longa carreira, dando destaque  ao álbum “Frampton Comes Alive”.

Quase pontualmente o guitarrista começou a apresentação com “From Day Creep”, de sua antiga banda o Humble Pie. Logo na seqüência já ataca “It’s a Plain Shame”, e já com o público conquistado, “Show Me The Way” coloca o Via Funchal abaixo. Frampton está em excelente forma, cantando muito bem, com a mesma voz que o tornou uma grande estrela nos anos 70. Mas no show o que imperou foi a guitarra. Mostrando porque é citado como influencia para nomes como Steve Morse e Steve Vai, o guitarrista brindou o público com muitos momentos instrumentais. Frampton após “Restraint”, uma das poucas canções do novo álbum, o excelente “Thank You Mr. Churchill”, o guitarrista apresenta 3 temas instrumentais, mostrando toda sua técnica na guitarra.

Frampton e sua banda no palco do Via Funchal

A banda estava afiadíssima, o torna impossível dar destaque a alguém em especial.
Rob Arthur (teclados, guitarra e vocal) e John Regan (baixista, que acompanha Frampton há mais de 30 anos), Adam Lester (guitarra e vocais) e Dan Wojciechowski (bateria), tiveram seus momentos individuais no show. Mas quem comandava a festa era Frampton mesmo. O guitarrista trouxe ao Brasil o mesmo equipamento que apresentou na matéria para a Guitar World ( para detalhes explicados pelo próprio o link é http://risinguitar.blogspot.com/2010/09/um-tour-pelos-equipamentos-de-peter.html ), e sabe como usá-lo, foi uma série de timbres bem sacados e de muito bom gosto. Os temas instrumentais foram intercalados por alguns temas clássicos, muitos do álbum “Frampton Comes Alive”, seu maior sucesso de vendas. Mas sem dúvida Frampton queria dar ênfase a guitarra e provar que além de bom compositor e cantor, sempre foi um excelente instrumentista.

Depois de uma versão inspirada de “Black Hole Sun” ( hit da banda Soundgarden, que Frampton gravou no álbum instrumental “Fingerprints”), Frampton engata uma série de clássicos, “Baby, I Love Your Way”, “(I’ll Give You) Money” e “Do You Feel Like We Do”, tudo para matar a saudade de seu público. Como se não bastasse, Frampton tira da manga um dos seus grandes hit, revistos para esta tour latino-americana, “Breaking All The Rules”. O guitarrista não colocava este grande som nos shows há quase 20 anos, mas pela recepção da platéia não deve sair mais. O show chega ao fim com uma emocionante versão para “While My Guitar Gently Weeps”, do saudoso George Harrison.

Sem dúvida o que o Via Funchal assistiu foi um artista que não tem a intenção de mudar seu estilo e tentar novas audiências. Ao contrário, sabe que consegue isso fazendo o que sempre fez: um rock orgânico, sem frescuras e direto. Frampton, ao deixar o palco, mostrou que sua música ainda encontra espaço e relevância nos dias de hoje.

Set List foi o mesmo que apresentou em toda a tour sul-americana :

- Four Day Creep ( composição da cantora de blues Ida Cox que o Humble Pie gravou no clássico “Performance Rockin’ The Fillmore” de 1971)
- It’s a Plain Shame ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Show me the Way ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Lines on my Face ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Restraint ( do álbum “Thank You Mr. Chuchill”)
- Float ( do álbum “Fingerprints”)
- Boot it up ( do álbum “Fingerprints”)
- Double Nickels ( do álbum “Fingerprints”)
- I Wanna Go to the Sun ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Off The Hook ( do álbum “Peter Frampton”)
- All I wanna be (is by your side) ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Vaudeville Nanna and the Banjolele ( do álbum “Thank You Mr. Chuchill”)
- Black Hole Sun ( do álbum “Fingerprints”)
- Nassau / Baby, I love your way ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- (I’ll give you) Money ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
- Do You Feel Like We Do ( do álbum “Frampton Comes Alive”)
No bis

- Breaking All the Rules ( do álbum “Breaking All the Rules”)
- While my Guitar Gently Weeps ( do álbum “Now”)

Para finalizar o texto não posso deixar de agradecer a Miriam Martinez, sempre pela atenção e profissionalismo e ao Stephan Solon pelas fotos.

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